sábado, 24 de julho de 2010

Economia da Amazônia

Vivem na Amazônia Legal cerca de 17 milhões de pessoas. Esse número foi calculado em cima das estimativas para 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Esse número leva em conta os 14,6 milhões de residentes na região Norte e parte da população rural ou de pequenas e médias cidades do Mato Grosso, Maranhão e Tocantins (as capitais desses Estados não são levadas em consideração). A região Norte é a com menor densidade demográfica do País, cerca de 4 habitantes por quilômetro quadrado. E a maior parte da população está concentrada nas cidades. De 1980 a 2000, a população urbana na Amazônia quase triplicou, passando de 4,7 milhões de pessoas, ou 45% da população da região, para 13,7 milhões, ou 69%. As maiores concentrações estão em Belém (1,8 milhão) e Manaus (1,4 milhão). Traçar, no entanto, um perfil da população na região deve levar em conta vários aspectos. Com a construção de rodovias como a Belém-Brasília e a implantação de grandes projetos, uma expressiva migração para região aconteceu. No sul do Pará, por exemplo, é comum algumas cidades terem metade da população vinda do Maranhão. Boa parte dos prefeitos e autoridades das pequenas cidades amazônicas são paulistas, mineiros, matogrossenses ou gaúchos. Assim como no resto do País, há expressiva população de imigrantes e descendentes. Os portugueses foram os primeiros e, na época dos jesuítas, chegaram a mudar o nome de praticamente todos municípios para os de cidades portuguesas como Belém, Santarém, Bragança e Viseu. Os japoneses, por exemplo, aportaram na região no início do século 20, cultivando pimenta e posteriormente frutas.

Não muito comuns no interior da região, os negros tiveram uma presença marcante na área litorânea do Amapá, Pará e Maranhão.
Os principais representantes da cultura amazônica, no entanto, são as populações tradicionais: caboclos e índios. Fortemente enraizada na floresta, essa população é considerada extremamente importante para a conservação ambiental, já que conhecem a mata e, cada vez mais, tem consciência de sua importância. São poucos os índios na Amazônia atualmente, cerca de 150 mil. Mesmo pequena e extremamente heterogênea, essa população tem uma importância ambiental grande, já que normalmente vivem em grandes extensões de terra nas reservas indígenas e são detentoras de culturas ameaçadas de extinção. Atualmente, além do português, outras 180 línguas indígenas são faladas no Brasil, a maioria está na Amazônia. A culinária da região é extremamente influenciada pela cultura indígena. É o caso do tucupi, um caldo amarelo e azedo extraído da mandioca que vai virar farinha e que é usado em deliciosas caldeiradas seja com pato ou peixe.
Assim, a cultura amazônica está arraigada a essa diversidade humana. A música, as artes plásticas e a literatura produzidas na região misturam tanto heranças européias como africanas e indígenas. O carimbó, por exemplo, é um ritmo típico do litoral paraense que tem influências africanas e indígenas. O nome vem de curimbó, uma palavra tupinambá que significa pau oco. O curimbó é tocado num ritmo com grande influência africana.

Outra manifestação cultural interessante na região é o Boi de Parintins. No meio do Estado do Amazonas, a cidade lota durante os dias do festival em que dois grupos: o do boi Garantido e do boi Caprichoso duelam na arena. O Boi-Bumbá tem origem nas festas juninas portuguesas, mas, em Parintins, a música com um tom épico fala das belezas da floresta, tem passos que lembram os indígenas e uma produção que, guardada as devidas proporções, é tão grandiosa e luxuosa quanto o carnaval carioca.




Postado por: Caroline Santana, Isis Duarte e Henrique Mathias

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